quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Depoimento da aluna Cindy Cavalcanti sobre o outubro rosa na USF Mangueira II





Hoje, 30 de outubro, foram realizadas na USF Mangueira II, atividades educativas e divertidas sobre como prevenir e tratar o Câncer de Mama, que é tão temido pelas mulheres, já que a doença é mais comum nelas. Esta campanha, chamada Outubro Rosa, teve início na década de 1990 nos Estados Unidos, visando estimular a participação da população no controle do câncer de mama. Esta campanha acontece com mais intensidade no mês de outubro e tem como símbolo o laço rosa, pois na Corrida pela Cura realizada em Nova York em 1990, um laço rosa foi distribuído aos participantes. As ações da campanha que tem como objetivo divulgar informações de uma forma dinâmica se expandiu pelo mundo todo. Aqui no Brasil, várias instituições tanto públicas como privadas, no mês de outubro, organizam ações e colorem o país de canto a canto de cor rosa, para celebrar esta campanha que vem alcançando excelentes resultados. 

Na unidade, foi realizada uma palestra na recepção, explicando todo o processo da doença, como prevenir com o autoexame e consultas periódicas ao médico e também esclareceu várias dúvidas.





  Como momento de descontração, foi servido um lanche saudável com muitas frutas, sucos, bolos... Tudo feito com muito carinho pela equipe que compõe a unidade.



 Ao final da palestra, foram feitas perguntas através de um sorteio para os presentes, fazendo com que todos fixassem bem o conteúdo da palestra e que todas as dúvidas frequentes fossem esclarecidas.


A maior motivação da equipe foi além de ser um momento de lazer para todos, foi também fazer com que a comunidade deixasse de lado o medo de se tratar, visando um tratamento mais efetivo, pois quanto antes descobrir, melhor. A unidade estava toda colorida com a cor rosa, e com sorrisos satisfeitos.



Para quem quiser mais informações sobre a Campanha Outubro Rosa, aqui estão alguns links interessantes:
1.       Instituto Nacional Do Câncer (INCA)

2.       Blog da Saúde - Ministério da Saúde

3.       Instituto Neo Mama


Att, Cindy Cavalcanti.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

DEPOIMENTO DE ALUNO SOBRE O ESTÁGIO CURRICULAR III - SEMESTRE 2014.2


COM A PALAVRA: JOSÉ SEBASTIÃO GALVÃO
Após o interessante relato do aluno José Sebastião Galvão, discente  do oitavo período diurno, sobre a sua vivência no Estágio Curricular Supervisionado III na USF de  Vila União – Distrito Sanitário IV - Recife, onde relata que “ se pudesse faria questão de ir todos os dias a USF”, o mesmo cedeu uma entrevista à equipe do Blog ecs123.

1 – O que você esperava vivenciar no Estágio Curricular Supervisionado III?
Atingiu minhas expectativas quanto às vivências clínicas. Tivemos o primeiro contato com a preceptora, onde trocamos informações para nos conhecermos melhor. Ela sempre se mostrando muito atenciosa e acolhedora. A partir desse diálogo, ela  foi caracterizando o perfil de cada estagiário ( eu e Flávio) para  programar e direcionar melhor os os usuários  que poderiam ser atendidos por cada um de nós. Nossa preceptora, Dra. Elza, é muito comprometida conosco - ela exerce de fato o papel de supervisora das nossas atividades de estágio. Nossos trabalhos clínicos são sempre acompanhados por ela  além dela estar sempre avaliando nossos conhecimentos teóricos por meio de perguntas.

2 – Como a preceptora  supervisiona as atividades clínicas realizadas pela dupla?
Ela nos deixa livres para atender todos os usuários agendados, exceto os casos mais complexos, como o atendimento de pacientes especiais, que são sempre atendidos por ela. Vale destacar, que além dos pacientes serem agendados com antecedência, sempre são reservados  horários para as intercorrências/urgências.  Como relatado, estamos exercitando bem a prática clínica neste estágio.

3 – Liste atividades que o estágio estão sendo  acopladas  aos seus conhecimentos adquiridos anteriormente no curso:
A questão social: estamos entrando em contato com  pacientes com muitas carências e necessidades de cuidados pelo perfil da comunidade, como, por exemplo, pacientes de alto risco social.  Isso vem favorecendo o nosso aprendemos em ligar e estabelecer comunicação com diferentes perfis  e tipos  de usuários.
O aspecto Técnico-científico: aprendendo a lidar com o real, com as dificuldades. E pelo montante de paciente que atendemos lá, consigo pôr em prática todos os ensinamentos acadêmicos, desenvolvendo mais ainda minhas habilidades técnicas e manuais.
Vivência em especialidades clínicas: Periodontia, dentística, cirurgia, saúde coletiva (preventiva, palestras, acolhimento, escovação supervisionada, conhecimento sobre o sistema de informação - prontuários), endodontia (abertura coronária).

4 – Como você avalia a proposta da Secretaria de Saúde do Recife para a Clínica Odontológica?
 A minha vivência na USF de Vila União me leva a achar que a principal crítica é para o encaminhamento para as especialidades odontológicas, para o CEO, por exemplo, onde há muita reclamação por parte dos pacientes na demora de serem atendidos. Também acho que se poderiam ofertar mais serviços, como por exemplo, a USF ter um aparelho de radiologia, além de melhorar a estrutura física da unidade.

5 – Como você avalia a dentista preceptora?
Muito organizada e exigente, quanto à boa execução das atividades dos estagiários.

6 – E o trabalho da equipe auxiliar?
As auxiliares de saúde bucal são trabalhadores essenciais para a rotina de trabalho da clínica. São muito importantes.





quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Avaliação dos Estágios Curriculares Supervisionados I e II - semestre 2014.1: breve relato



De acordo com a avaliação aplicada ao conjunto de alunos, preceptores e equipe técnica envolvidos nas atividades realizadas nos Estágios Curriculares Supervisionados I e II, durante o Seminário de encerramento do semestre letivo de 2014.1, no mês de Agosto de 2014, foi verificado que a maioria dos sujeitos participantes está satisfeitos com o trabalho proposto pelos Estágios.
                Dentre as questões do instrumento de avaliação respondidas por cada tipo de participante, selecionamos algumas para serem apresentadas:
I- Alunos
              1 -      Sobre a interação do aluno com o preceptor:
Alunos dos Estágios I e II, bom/excelente 89% e 82%, respectivamente.
               2 -      Sobre a aprovação da dinâmica das atividades propostas:
Alunos dos Estágios I e II: 75% e 71%, respectivamente, aprovaram a metodologia proposta.
              3 -      Sobre o atendimento às expectativas dos alunos:
Alunos do Estágio I e II: 61% e 67%%, respectivamente, relatam que o Estágio Curricular Supervisionado atendeu às suas expectativas.
II- Equipe técnica
1-      Sobre a importância dos Estágios para a formação do aluno:
todos os membros das equipes técnicas (100%) consideraram importante as atividades planejadas para os Estágios I e II, para uma melhor formação do aluno.
2-      Sobre a participação da equipe técnica no processo ensino-aprendizagem dos alunos: praticamente a totalidade das equipes técnicas (98%) apoiou e foi solicitada pelos alunos.
3-      Sobre se os estágios atenderam às suas expectativas: atenderam em 78% dos respondentes.
III- Preceptores
1-      Sobre o cumprimento pelos alunos dos objetivos pretendidos:
A maioria (95%) dos Cirurgiões-Dentistas preceptores relata que os alunos conseguiram cumprir os objetivos programados no roteiro operacional do Estágio.
2-      Sobre a coerência entre o planejamento das atividades dos Estágios I e II e aquelas desenvolvidas nas USF: Todos os preceptores (100%) responderam que havia coerência.
3-      Sobre se os estágios atenderam às suas expectativas: Mais de 91% dos preceptores declaram que os ECS atenderam às suas expectativas.

Organização dos dados: Caroline Dantas
Supervisão: Márcia Dantas

Equipe de Edição



quarta-feira, 15 de outubro de 2014

ALUNO DO ESTÁGIO 2 , teve um trabalho premiado no II Encontro Pernambucano de Odontologia da FOP, na categoria poster painel,sobre Irregularidades nas contas do fundo municipal de saúde dos municípios do estado de Pernambuco



O aluno Danilo Rodrigues elaborou um trabalho com o título: Irregularidades nas contas do fundo municipal de saúde dos municípios do estado de Pernambuco. Este trabalho ficou em terceiro lugar no II Encontro Pernambucano de Odontologia da FOP, na categoria poster painel. Portanto, as monitoras do Estágio, Bruna Pedrosa e Emille Raíza, entrevistaram Danilo para compartilhar sua experiência neste espaço.


Bruna: Como foi a escolha deste tema?


Danilo: Desde a época que cursei a disciplina  saúde coletiva 1, me interessei mais pela área da Saúde Pública. Em saúde coletiva 3, ministrada pelo professor Petrônio, na qual é aprofundada os conteúdos sobre gestão da saúde, foi passado um artigo sobre modelos de gestão entregue para um trabalho em grupo e este, me chamou a atenção.. Foi daí então que fui procurá-lo pra tentar fazer um trabalho sobre as questões discutidas no artigo. Porém, por sugestão dele, que achou mais interessante outro tema, me sugeriu entrar no mundo do Tribunal de Contas do Estado (TCE). No começo, não fiquei muito interessado, mas fui dar uma olhada no site do Tribunal e procurar alguns processos voltados à saúde. Nessa história de dar uma olhada, quando me dei conta, já tinha a lista quase que completa de todos os processos ligados ao Fundo Municipal de Saúde junto aos seus respectivos municípios. Pensei “bom”, se eu já cheguei até aqui, não será tão difícil agrupar tudo e fazer o trabalho. A lista disponível no site do TCE contém o número do processo, CPF e nome do responsável, município, “tipo” do processo (como fundo municipal de saúde, câmara municipal ou ainda prefeitura de tal cidade). Bom, eu achei interessante, assim a gente pelo menos tem o conhecimento do que tem irregularidades, não só relacionadas a saúde, já que tive de olhar toda a listagem, que tem mais de 400 páginas. É legal também porque não fiquei só naquele saber que existe, mas sim tive uma melhor noção do quanto isso existe. Uma das coisas legais que eu achei é que muitos municípios cometeram poucas irregularidades e não o contrário. Por exemplo, apenas uma irregularidade foi cometida pelo fundo municipal de saúde de 46 cidades, enquanto que apenas uma cidade, que foi Bezerros, cometeu 4, e Jupi 5.



Bruna: Qual foi a metodologia utilizada para elaboração do trabalho?



Danilo: Eu fiz o seguinte: fui agrupando por irregularidades e número de municípios. Digamos 20 municípios cometeram 1 irregularidade, 15 municípios cometeram 2 e assim a quantidade de irregularidades foram aumentando e a de municípios diminuindo. Ou seja, como já tinha dito, muitos municípios cometeram poucas irregularidades. Segundo esse trabalho, muitos municípios entraram na vantagem de não ter quase nenhuma irregularidade.


Emille: Todos esses dados foram de Pernambuco?


Danilo: Todos de Pernambuco. Não entrei em processo por processo por que não daria tempo, mas todos eram da área de saúde, seja irregularidade de conta, irregularidade de prestação ou repasse financeiro de recursos, mas todos a ver com a saúde.



Bruna: Como você definiu o objetivo deste trabalho?


Danilo: No trabalho, eu fiz as duas coisas, mas pra não ficar separado e eu dizer x municípios tem tantas irregularidades e tantas irregularidades aconteceram em tantos municípios, ia ficar muito repetitivo, redundante. No começo, como fui olhando processo por processo na lista, anotava o município e o número do processo, já que depois eu poderia entrar no processo para consultá-lo. Camutanga, por exemplo, foi o primeiro município da lista relacionada ao fundo municipal de saúde. Fui numerando os municípios de acordo com a ordem que foram aparecendo. Por exemplo, Camutanga ficou como primeiro, e assim foi seguindo a ordem. Lá na frente, quando Camutanga aparecesse de novo ou colocava a mesma numeração, para depois poder contar a quantidade de irregularidades por município quando a lista estivesse pronta, aí eu fazia: camutanga teve x irregularidades e Recife teve x irregularidades e assim, fui agrupando essa numeração por municípios.



Bruna: Qual foi a conclusão que você tirou deste trabalho?


Danilo: Bom, ainda existe muitas irregularidades, mas o legal é que o tribunal de contas disponibiliza em seu site esses dados pra quem quiser olhar. A vantagem é que a população, tendo acesso a isso, tem condições de cobrar mais. Por mais que a maioria das pessoas não tenha o conhecimento que nós temos, que município tem que passar x% do seu recurso pra a saúde, tem condições de ver que ali, independente do que for, teve alguma coisa errada naquela conta, e então, precisa cobra isto. Seja na educação, na faculdade ou o que for, cada vez mais as pessoas tem se conscientizado disso, dessa necessidade de lutar pelos seus direitos e deveres do estado, além de terem cobrado mais do governo e de quem está a frente da gestão.


Emille: E quais foram as irregularidades mais frequentes que você observou?


Danilo: Assim, como eu falei, eu não entrei em processo por processo. Só quantifiquei o que tem a ver com fundo municipal de saúde. Pretendo continuar olhando processo por processo e isso vai ser longo, pois tem mais de 500 processos. E eu tenho que olhar de um por um. Dei uma olhada no primeiro processo, tem lá 4 itens. Por exemplo, irregularidades no repasse financeiro, apropriação em débito. Aí, tenho de olhar processo por processo, olhar os 4 itens de cada e fazer um agrupamento assim como eu fiz o primeiro.



Emille: Então isso será outro trabalho?


Danilo: Isso! Só não sei pra quando, mas vai. (Risos)



Danilo: E assim, me disseram que um dos motivos que levaram o meu trabalho a premiação, é que pouco ou nenhum aluno deve ter feito um trabalho a ver com isso.


Bruna: Pois é, foi isso o que fez nós ficarmos curiosas pra saber, por que não é um tema muito comum nos congressos e essa questão de que o povo brinca dizendo que você não deve mexer com conta, dinheiro...


Danilo: Ai meu tio disse, poxa... vai mexer logo na política... (risos)


Bruna: Tu teve algum problema em relação a isso?


Danilo: Não tive e pretendo continuar. Eu não tenho ninguém na família envolvido com isso e nenhuma ligação pra saber que ali existe um problema. Foi apenas curiosidade.


Emille: É bom que os alunos que não sabiam desta ferramenta, agora através desta entrevista terão conhecimento sobre isso...


Danilo: E assim, está lá disponível. É só a pessoa ir no site e acessar. Eu mesmo não sabia que tinha isso.


Bruna: O que tu acha dessa ferramenta? Por que existe, mas pouca gente sabe, pois eu também não sabia.


Danilo: E é fácil! Quando você abre o site, logo abaixo, tem um nome bem grande CONSULTE SEU PROCESSO AQUI. E do lado direito tem a listagem e se eu não me engano, vai passando as notícias e já tem lá: saiu a listagem definitiva do ano.


Emille: Nessa listagem tem todos os números dos processos?


Danilo: Nessa listagem tem o nome e o cpf da pessoa responsável, o número do processo, o tipo, por exemplo, se é da área de saúde e o município. Ai você baixa esta listagem que está em pdf e lá digamos, quero o processo tal, ai pego o número dele e no site tem um lugar pra você olhar o processo.


Bruna: Essa listagem sai com todas as irregularidades do estado de todas as áreas?


Danilo: Sai sim! Por exemplo, Recife- Educação, Recife- Secretaria de saúde, Recife- Fundo municipal de saúde, Recife –Secretaria de educação. Tudo que são irregularidades de contas, saem e com o número do processo você pode olhar.


Bruna: Bom, era isso o que queríamos saber. Gostaríamos agora, que você finalizasse essa entrevista com uma mensagem.


Danilo: Assim, tirando por mim, que tenho me envolvido muito com a saúde pública. Pessoalmente, me ajudou muito em algumas questões, não emocionais, mas questões minhas. Foi até uma conversa que eu tive com a professora Nilcema por esses dias. Mas por gostar dessa parte, minha mãe disse que eu nasci pra ser igual a ela, pobre, por gostar de trabalhar com o [serviço] público. (risos) É apaixonada pelo serviço público no sentido de cuidar do povo, de estar perto e sentir aquilo. Assim, pode ser que amanhã eu descubra que não quero nem odontologia na minha vida, mas hoje eu tenho me encontrado. E ainda tenho descoberto mais que eu gosto também da clínica, embora há pouco tempo eu não queria nem saber. Ainda não me arrependo da odontologia e nem de me voltar para a saúde pública.  Mas eu acho que é importante, não pelo fato de que daqui a algum dia tudo possa caminhar para o serviço público, mas é aquela coisa que, por mais que a gente, ou eu pelo menos tenha condição de pagar um serviço particular, é direito de todo mundo ter a saúde. Seja na saúde básica, secundária, terciária ou seja, mostrando as contas para a população ter conscientização em cobrar, mas de alguma forma o serviço público de um modo geral, de educação, de saúde, de tudo, é importante para a população. É como o professor Paulo Goes nos perguntou uma vez em sala de aula: Vocês usam SUS? Eu fui uma das pessoas que disse que não usava. E ele respodeu: claro que vocês usam! Pois vocês usufruem da Anvisa, vacinas, vigilância sanitária... Tudo isso é do SUS. 


E por mais que a gente tenha condição de pagar alguma coisa particular, e por mais que alguns olhem apenas para o próprio umbigo, o público é importante por que até mesmo esses usam, e todo mundo deve ter direito a isso.


Pra quem ficou curioso sobre o assunto, é só clicar aqui, pois terá acesso a uma melhor visualização do banner.






Att, Equipe de edição.