terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Presidenta Dilma sanciona Lei que determina a Semana Nacional de Combate ao Câncer Bucal.

Hoje a Presidenta Dilma sancionou a LEI Nº 13.230, que Institui a semana nacional de prevenção do Câncer Bucal, uma iniciativa importante para a prevenção desse acometimento. Contudo, são as ações de promoção a saúde, coordenadas pela  Atenção Básica que farão um enfrentamento eficaz e eficiente dos fatores de risco comuns as demais doenças crônicas, consequentemente, terão potência para  reduzir a incidência desse problema de Saúde Pública.

Confira aqui a LEI.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Poema de Natal

Poema de Natal
Vinicius de Moraes
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
Extraído do livro "Antologia Poética", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 147.

Afinando, Ana Boch. Recife, 2015. 
A Equipe dos Estágios Curriculares do Curso de Odontologia da UFPE, deseja um Natal com amor e encontros, e que a solidariedade e alegria sejam guias para esses. Um 2016 de luz e sabedoria para lidar com o passado, mas sempre andando pra frente.Que a aura Natalina nos convoque para o desafio de refletir e encontrarmos a solução para a desigualdade social que se aprofunda, sobretudo dentro do nosso campo da integração ensino-serviço. 

Que as nossas vontades, enquanto profissionais de saúde, estudantes, preceptores e professores estejam afinadas com o desejo de resolver os reais problemas de saúde da população brasileira. 



sábado, 12 de dezembro de 2015

ABRASCO denuncia mudança de rumos no Brasil Sorridente

Especialistas em Saúde Bucal manifestaram-se por todo o Brasil após a demissão da coordenadora de saúde bucal do ministério da saúde. Preocupados com os possíveis rumos da Política Nacional de Saúde Bucal decorrentes dessa mudança, manifestaram-se através da divulgação de Cartas Abertas, reforçando que a Coordenação Geral de Saúde Bucal deva ser ocupada por profissional com experiência em saúde pública, comprometido com o Brasil Sorridente, desde a sua elaboração, e com vínculos históricos com a implantação do SUS, sob o risco de descontinuidade de uma política reconhecidamente social. O Grupo Temático de Saúde Bucal Coletiva da Abrasco também condena as frequentes substituições ocorridas na Coordenação Geral de Saúde Bucal e manifesta-se através do site oficial da Associação:
Manifesto da Associação Brasileira de Saúde Coletiva e do Grupo Temático de Saúde Bucal Coletiva

A Associação Brasileira de Saúde Coletiva e o Grupo Temático de Saúde Bucal Coletiva vêm a público manifestar sua preocupação com as recentes e frequentes substituições ocorridas na Coordenação Geral de Saúde Bucal, do Ministério da Saúde.
O Coordenador Geral recém-empossado é um profissional ligado a uma empresa de contrato de prestação de serviços odontológicos, que opera no mercado de planos odontológicos, sem que se identifique em sua vida profissional qualquer envolvimento ou vivencia com a Saúde Bucal Coletiva. Mesmo que esse profissional, por razões de conflito de interesses, venha a se desvincular da empresa, nos parecem nítidos os sinais de ruptura e retrocesso, com o programa do governo eleito, contribuindo para evidente fragilização das ações pelo acesso qualificado, universal e integral à saúde bucal.

Tal fato se coloca em antagonismo aos anos de luta e trabalho pela construção do SUS e, especificamente, da política que foi implantada em 2004, a Política Nacional de Saúde Bucal, conhecida como Brasil Sorridente, e que possibilitou a milhões de brasileiros o acesso aos serviços de saúde bucal, até então inexistente.
Não abriremos mão do caminho já percorrido e do que se abre a nossa frente. Garantir e ampliar o direito a saúde bucal de qualidade constituem um percurso que se faz necessário e sem volta. Esta é uma luta que exigiu e continuará exigindo grande esforço coletivo. É preciso que o direito à saúde bucal de qualidade seja garantido e ampliado.
A conjuntura política de momento exige de todos nós a vigilância e o forte comprometimento na continuidade dos embates em defesa do SUS e da saúde da população brasileira.
Associação Brasileira de Saúde Coletiva através de seu Grupo Temático de Saúde Bucal Coletiva

Em novembro, uma Nota Pública foi elaborada pelos ex-membros da Comissão de Assessoramento Técnico (CAT), da Coordenação Geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, sobre o assunto, confira:
Embora a atual Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB), definida em 2004 e conhecida como Brasil Sorridente (BRS), seja um dos mais bem sucedidos programas implantados pelo governo federal, sofreu um duro revés em novembro de 2015, com a nomeação de Ademir Fratric Bacic para a Coordenação-Geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde. Diretor financeiro da empresa Prodent Assistência Odontológica Ltda, Bacic é um desconhecido dos movimentos sociais de saúde, das entidades odontológicas e das organizações de saúde coletiva. Sabe-se, porém, que participa do financiamento privado de campanhas eleitorais e mantém vínculos com o SINOG – Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo (Saúde Suplementar). Ainda assim foi nomeado para coordenar uma política que tem seu esteio no Sistema Único de Saúde (SUS).
Ao assumir a coordenação da Política Nacional de Saúde Bucal no segundo governo Dilma, Rozangela Fernandes Camapum, uma liderança historicamente posicionada ao lado dos movimentos e entidades do setor saúde na construção da PNSB, constituiu uma Comissão de Assessoramento Técnico (CAT) e fomos convidados a integrá-la. Cabe registrar que todos participamos da CAT sem qualquer tipo de remuneração.
Entendemos que a exoneração de Rozangela e a nomeação de Ademir constitui um grave retrocesso nos rumos do Brasil Sorridente, um verdadeiro ato de agressão à política de saúde bucal que o País deve à sensibilidade do Presidente Lula e ao empenho de dezenas de milhares de profissionais de saúde que, diariamente, em todo o Brasil, dão concretude às diretrizes dessa política, aprovadas no Conselho Nacional de Saúde e pelos Conselhos Nacionais de Secretarias Municipais (CONASEMS) e Estaduais (CONASS) de Saúde, as quais vêm tendo o apoio das entidades nacionais de odontologia e de saúde coletiva.
A mudança no comando do Brasil Sorridente indica também um risco iminente ao princípio ético da saúde bucal como direito de cidadania ao identificar-se uma clara opção por modelos privatistas e pelo vale-tudo do mercado, em que cuidados odontológicos são apenas mercadorias a serem comercializadas por empresas que fazem negócios com doença, sofrimento e morte. Tais modelos privatistas propõem substituir os serviços públicos odontológicos com gestão participativa e sob controle público, que defendemos, por empresas controladas e gerenciadas por proprietários privados.
Rejeitamos essa mudança e repudiamos essa nova orientação. Por essa razão, estamos nos afastando do Ministério da Saúde, assumindo, perante os movimentos sociais e as entidades de saúde coletiva e de odontologia, um compromisso ético-político de seguir na luta para refazer o que está sendo desfeito neste momento, que marca uma importante inflexão histórica na PNSB. Não nos move qualquer sentimento pessoal a quem quer que seja,pois compreendemos as circunstâncias políticas que levaram a Presidenta Dilma Rousseff a fazer mudanças em seu ministério, envolvendo o da Saúde. Temos motivos, porém, para não acreditar que o coordenador recém-nomeado reúna as credenciais mínimas necessárias para o cargo do
qual passou a ser titular. Assinalamos, ainda, que sua experiência profissional à frente de um plano de saúde conflita frontalmente com as propostas que comungamos com amplos setores da sociedade brasileira para o SUS e o Brasil Sorridente. Por entendermos que a decisão do ministro Marcelo Castro implica a negação de tudo em que cremos, decidimos nos afastar da coordenação da PNSB, com a expectativa de que, em breve, as forças políticas que possibilitaram criar o Brasil Sorridente, retornem ao comando do Ministério da Saúde para, então, retomar para a Saúde Pública os rumos dessa importante política pública.

Saímos como entramos, com a certeza do dever cumprido e a convicção de que todas as ações que desenvolvemos foram sempre orientadas pelo interesse público, visando à construção do SUS, e em respeito aos compromissos que marcaram nossas trajetórias, cuja referência política é o Movimento da Reforma Sanitária, na perspectiva das Conferências Nacionais de Saúde e de Saúde Bucal.
NÃO À MERCANTILIZAÇÃO DA SAÚDE!
VIVA O SUS!
VIVA O BRASIL SORRIDENTE COMO DIREITO DE CIDADANIA!

Brasília, novembro de 2015.
Antonio Carlos Nascimento – PR
Celso Zilbovicius – SP
Cleber Ronald Inácio dos Santos – AC
Cristiana Leite Carvalho – MG
Elisete Casotti – RJ
Guadalupe Sales Ferreira – SE
Helder Henrique Costa Pinheiro – PA
Helenita Corrêa Ely – RS
José Carrijo Brom – GO
Luiz Roberto Augusto Noro – RN
Marco Manfredini – SP
Maria Cristina Teixeira Cangussu – BA
Moacir Tavares Martins Filho – CE
Paulo Capel Narvai – SP
fonte: http://www.abrasco.org.br/site/2015/12/governo-dilma-retrocesso-na-saude-atinge-a-saude-bucal/

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

ABRASCO lança nova revista!


Faz-se necessário, como nunca, a liberdade de investigação, pois vivemos uma época de crise, imersos em dúvida, na desconfiança quanto a nossos representantes e observando uma concentração inaudita de riqueza e de poder.
Os velhos modos de existir, os nossos discursos e mesmo as nossas instituições reformadas recentemente não conseguem assegurar a redução das imensas desigualdades e nem dão conta da promessa de um futuro de democracia e de convivência pacífica.
Para refundar a sociabilidade, não há outra saída fora do engajamento reflexivo. Com esta nova publicação, a Abrasco pretende oferecer, commodéstia, um espaço para reflexões sobre incertezas e colaborar para a reconstrução de modos de conviver solidários, para a reinvenção da democracia e para repensar o papel da Saúde Coletiva no contexto atual.
Ensaios & Diálogos em Saúde Coletiva é um espaço a ser ocupado por pesquisadores, por profissionais de saúde e por todas as pessoas preocupadas com a saúde, com a ciência, com a formação, com o bem-estar, com a justiça social e com a felicidade.
Neste primeiro número, as contribuições da Abrasco para a 15ª Conferência Nacional de Saúde, com participação de Luis Eugenio Souza; Tatiana Vargas; Maurício Barreto; Marcelo Firpo; Jandira Maciel; Letícia Coelho; Fernando Carneiro; Nelsão Santos; José Sestelo; Cesar Victora; Jairnilson Paim, Márcio Pochmann, Pedro Célio Borges; André Dantas; Inês Rugani; Maria Lúcia Werneck; Luiza Garnelo; Paulo Capel Narvai; Luis Castiel e Marco Akerman. Entrevistas com Guilherme Werneck e Arthur Chioro. Ilustrações de Caco Xavier. Participação da ONG mexicana El Poder del Consumidor.
Acesse AQUI a primeira edição da revista. 

A Consulta Odontológica no Pré-natal


Agora a consulta odontológica passa a ser obrigatório no Pré-Natal. 
Atenção mamães e futuras mamães!!! 

Segue o link da caderneta da gestante  




quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Integração Ensino-Serviço no Curso de Odontologia, semestre 2015.2

Na primeira semana de outubro a etapa de preparação dos Estágios do curso de Odontologia, semestre 2015.2, foi praticamente concluída. Essa etapa foi composta por encontros introdutórios com os discentes, de caráter organizativo e pedagógico. Além de outros encontros dirigidos aos preceptores que irão supervisionar os estagiários nas unidades de saúde conveniadas.
Para garantir as vagas necessárias para todos os alunos matriculados nos Estágios Supervisionados no Sistema Público de Saúde  1,2,3, 4 e no de Clinicas Odontológicas de Especialidades 1, foram ampliadas as parcerias institucionais.; o que significou a expansão da atuação do curso de Odontologia para outros municípios da RMR. Além do Recife, houve a inclusão das Secretarias Municipais de Saúde de Olinda, Jaboatão e Igarassu, sendo os estágios nesses locais iniciados no semestre 2015.1. Isto significa, também, significa na viabilização do percurso  formativo dos alunos em diferentes pontos da rede de atenção à saúde, organizada  segundo o tipo de Estágio e grau de complexidade como determina as DCN e o PP do curso de Odontologia da UFPE.
Dentre os campos de práticas e os tipos de serviços assistenciais reservados para os estágios 2015.2, destacamos: as  Unidades de Saúde da Família  - USF, Unidades de Pronto Atendimentos – UPA,  Centros de Especialidades Odontológicas –CEO. Além de outros serviços de urgência e emergência da malha assistencial odontológica da Região Metropolitana do Recife, como: Hospital Geral de Jaboatão, Hospital da Restauração, Hospital Getúlio Vargas, Hospital de Areias. Também é importante destacar outros campos de estágio, já tradicionais utilizados pelo curso de Odontologia da UFPE, como: Setor de saúde bucal da Aeronáutica, da Polícia Militar de PE, da Marinha e do Hospital do câncer.
Sublinha-se, que o Estágio em Clínicas Odontológicas de Especialidades 2 será desenvolvido no CEO universitário do curso de odontologia da UFPE, cujo processo de implantação é recente. Os professores lotados nesse tipo de estágio serão os orientadores dos alunos.
Ao final das atividades desses estágios serão gerados: levantamentos  da rede da atenção à saúde bucal, projetos de intervenções de saúde, PTS - projetos terapêutico singular, vídeos de registro das ações comunitárias, sínteses e roteiros de produtividade e relatórios de avaliação.

Conheça nossa Equipe de Professores e Monitores:
Professores: Elaine Amorim, Márcia Dantas, Paulo Goes, Gabriela Gaspar, Silvia Jamelli, Nilcema Figueiredo, Niedje Siqueira, Petrônio Martelli e Fábio Souza. Monitores: Giulia Freitas, Alan Agostinho, Sandra Carolina, Edvaldo Filho, Alinne Carvalho e Josevan Souza

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Outubro Rosa


Equipe de alunos da UFPE e a preceptora Carmélia Barbosa desenvolvendo atividades ligadas ao Outubro Rosa na Unidade de Saúde em Cosme e Damião
O movimento Outubro Rosa teve início nos Estados Unidos na década de 90 e se espalhou por todo o mundo com um só objetivo: chamar a atenção para o câncer que mais mata mulheres em todo o mundo - o câncer de mama. O tom rosa foi escolhido para que em todas as suas femininas nuances represente a  importância da luta das mulheres acometidas por este mal. Monumentos, instituições públicas e toda a sociedade que participa do movimento se vestem de rosa visando fortalecer as recomendações para o diagnóstico precoce e rastreamento do câncer de mama, visando informar e estimular a participação popular nesse sentido.
É essencial que haja uma conscientização de toda a população no sentido de que a prevenção do câncer de mama não está simplesmente ligado ao exame de mamografia em si, mas também ao auto-exame periódico e à necessidade do fornecimento do diagnóstico e tratamento em tempo hábil a todos os acometidos por esse mal - lembrando sempre que os homens também estão sujeitos a apresentar este tipo de neoplasia. Esta prevenção não deve ser feita apenas durante o mês de Outubro, mas o acompanhamento nesse sentido deve ser feito durante o ano todo.
Os alunos do Estágio Curricular Supervisionado em Sistema Único de Saúde 1 têm se engajado nas ações promovidas pelas Unidades de Saúde da Família nas quais estão atuando, aprendendo sobre prevenção, transmitindo e compartilhando conhecimento com as comunidades nas quais estão estagiando. É importante lembrar que nós, como futuros profissionais de saúde, devemos sempre nos engajar em lutas a favor da manutenção da saúde da sociedade. Devemos aliar nossos cuidados em nossas respectivas profissões a uma visão geral de cuidado com cada indivíduo.
Equipe de alunos da UFPE desenvolvendo atividades ligadas ao Outubro Rosa nas Unidades de Saúde Jardim Teresópolis e Casarão do Cordeiro, respectivamente. 



Por Giulia Freitas

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

“SUS não veio dos políticos, foi uma conquista da sociedade civil”, Afirma PAIM, em entrevista


Em entrevista ao Saúde Popular, Jairnilson Silva PAIM, professor da UFBA e militante da reforma sanitária, analisa os 25 anos do Sistema Único de Saúde e os desafios postos para a área no contexto atual. Onde afirma: 
“SUS não veio dos políticos, foi uma conquista da sociedade civil”

Entrevista completa AQUI.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Relato da vivência do estágio na USF Integração Muribeca

O bairro Integração Muribeca pertence à cidade de Jaboatão dos Guararapes. O acesso a esta comunidade é precário. A comunidade conta apenas com uma linha de ônibus – da qual fazíamos uso para chegar a USF, e transportes complementares, através de micro-ônibus. A comunidade não possui asfalto ou calçamento, sendo as ruas de terraplenagem. A população da Integração Muribeca padece devido à falta de saneamento básico, onde os riscos de contaminação de doenças são potencializados com as freqüentes enchentes que afligem os moradores em épocas chuvosas, fato lamentável vivenciado por nós durante o estágio.
Nesse contexto, a USF Integração Muribeca, inaugurada em 2012, está situada na Avenida Rio Jaboatão, próximo ao terminal de ônibus, no bairro de mesmo nome. O prédio apresenta boa infra-estrutura e conta com uma médica, uma enfermeira, uma cirurgiã-dentista, uma auxiliar de saúde bucal, uma técnica de enfermagem e agentes comunitários de saúde.
Em meio a todas essas adversidades já citadas, foi muito enriquecedora toda trajetória feita durante o estágio, onde nos deparamos com uma Unidade de Saúde da Família que, apesar de todas as limitações, é brilhante na atenção básica de saúde. O empenho de toda equipe de funcionários é incrível e a população consegue ter os serviços de saúde ofertados de ótima qualidade, reflexo da união dos funcionários, que por meio da gerência compartilhada, executam as mais diversas funções, mesmo que fujam de suas atribuições, para o adequado funcionamento da USF.
Nossa preceptora, Dra. Débora Barbosa, foi uma verdadeira mestra, que soube, com cautela, nos fazer evoluir na prática clínica odontológica, seja dentro do consultório ou nas atividades de clínica ampliada. A atenção, o cuidado e o empenho que tivemos dela foram fatores decisivos para que concluíssemos o estágio nos sentindo mais confiantes e capazes de atender as necessidades dos pacientes. A auxiliar de saúde bucal, Rosana Brito, nos mostrou que é possível sim manter a organização, a biossegurança e a eficiência no serviço odontológico da rede pública de saúde, buscando sempre, através do compromisso e dedicação, a eficiência no auxilio dos procedimentos realizados. 
Diante disso, o que constatamos ao avaliar toda experiência proporcionada pelo estágio é que as propostas previstas pelo SUS, criado em 1988 pela Constituição Federal Brasileira, podem ser cumpridas com sucesso quando há empenho dos profissionais envolvidos e condições favoráveis de trabalho. A Unidade de Saúde Integração Muribeca é sem dúvidas um referencial de Unidade de Saúde eficiente e ficamos gratos pela oportunidade de ter vivenciado o Estágio Curricular Supervisionado no Sistema Público de Saúde 3 nesta unidade.






Depoimento dos alunos Dayanne Gabrielle e Jaciel Freitas do 9º período sobre o Estágio 3 que vivenciaram no semestre passado;

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Relato de Experiência (USF Rosa Selvagem - Estágio 2)

Nosso grupo desenvolveu as atividades do Estágio curricular Supervisionado 2 na  USF Rosa Selvagem. A princípio foi realizado o reconhecimento da USF e dos profissionais que lá atuam, realizado visitas domiciliares juntamente ao preceptor, acompanhamento de algumas práticas realizadas na unidade.

Essa interação nos levou a elaboração de um plano de intervenção na comunidade sendo este realizado em visitas com a ACS da USF, a 15 residências selecionadas de acordo com os dados encontrados nas fichas A, com realização de exames clínicos e aconselhamentos. Com objetivo de Identificar os pacientes de risco, os pacientes com lesões precursoras e os pacientes com câncer de boca, sendo estes encaminhados para a Clínica de Estomatologia da UFPE.

 Na medida em que trazemos melhoria na qualidade de vida da população, garantimos mais saúde e mais predisposição social ao trabalho. Visto isso, se faz necessário o acompanhamento e orientação aos pacientes considerados de risco.

 Nessa vivência na USF, nos deparamos com a dificuldade de acesso as áreas para visitas domiciliares, a falta de estrutura e recursos para uma melhor atuação dos profissionais, o que nos leva a refletir a carência dos serviços públicos ainda nos dias de hoje.

 Entretanto a experiência incrível de poder conhecer e atuar em uma área que a população apresenta necessidades e carências que nos tornam úteis até a forma de recepção, que foi bastante agradável, atenciosa e gentil por parte do preceptor e dos demais profissionais.


Poder ter participado do dia-a-dia da USF Rosa Selvagem foi uma experiência bastante enriquecedora, não pode deixar de ser notada certa carência em relação a oferta de serviços, porém,  ter conhecimento do funcionamento e da necessidade da população, cria em nós futuros profissionais um senso de responsabilidade e compromisso com os nossos futuros pacientes.

Att, Samara Nunes, aluna do estágio 2 na USF Rosa Selvagem;

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Relato de Experiência (USF Emocy Krause - Estágio 2)

O principal objetivo do Estágio 2, foi fazer com que  um grupo de estudantes fosse a campo para analisar os pontos voltados para a promoção de saúde da região e realizar um Plano de Intervenção. O meu grupo, foi escalado para conhecer a Unidade Emocy Krause, na Torre. Inicialmente nossa atividade foi o conhecimento da estrutura e o funcionamento das atividades da USF, observando os horários de funcionamento, agendamentos, acolhimento, divisão do trabalho. Durante os dias de visitas a Unidade, tivemos o cuidado de avaliar algumas das fichas relatório da situação de saúde e acompanhamento das famílias na área da Equipe Santa Luzia III, e retiramos alguns dados do mês de abril de 2015, para guiar nosso trabalho. Analisamos individualmente as fichas A de 165 famílias da microárea II, da Equipe Santa Luzia III, para conhecermos melhor o perfil da comunidade (faixa etária). Observamos que nessas famílias existem 69 idosos cadastrados, e desses idosos, 44 são hipertensos e 4 são diabéticos. O fato de a comunidade contar com um número grande de idosos e muitos destes serem hipertensos, e a Unidade Emocy Krause já ter um grupo voltado para promoção de saúde em idosos, realizamos uma intervenção em saúde com esse grupo. A intervenção foi realizada no CEPAS, uma instituição sem fins lucrativos, que é onde funciona semanalmente o encontro de idosos. Foram realizadas atividades como, aulas de auto-massagem, ioga e exercícios físicos, além da orientação de higiene bucal, tendo como foco principal, estimular os idosos a praticarem exercícios e mostrar para eles a influência que a falta de higiene bucal pode ter em relação a saúde como um todo. Essas atividades por terem um grande poder relaxante, auxiliam no bem estar físico e mental, além de auxiliarem no controle da pressão arterial. Foi gratificante ver o quanto os idosos gostaram das atividades e o quanto foram participativos. Ver o sorriso estampado no rosto deles, da aquela sensação de dever cumprido. Finalizo minha vivência, expressando o quanto o estágio 2 contribuiu para construção do meu conhecimento e a grande importância que teve para minha formação acadêmica.


Att, Jéssica Carolina, aluna do estágio 2 na USF Emocy Krause;


quarta-feira, 15 de julho de 2015

Relato de Experiência (USF Jiquiá - Estágio 1)

Ao conhecermos a unidade de saúde Jiquiá, fomos muito bem recebidos pelas pessoas que formam a unidade (digo pessoas porque não são apenas profissionais, mas pessoas que entendem as dificuldades dos outros e tentam ao máximo ajudar), de todas as áreas: desde a faxineira até o médico da USF, em todos vimos alegria e amor pelo que fazem. 


Na nossa terceira semana, a quinta-feira foi especial. Realizamos visitas acompanhados da nossa preceptora Mariana e a ACS Maria de Jesus, Zui para os conhecidos. Atravessamos locais de difícil acesso como ruas esburacadas, água empoçada, lixo, assim revelando as necessidades da comunidade. Ao chegarmos na área, fomos na casas de uma idosa e dois pacientes especiais (visitas são realizadas para incapacitados de se locomoverem a unidade) e lá fomos muito bem recebidos, sentimos que mesmo em meio as necessidades, há esperança. Na situação, a nossa preceptora realizou anamnese dos pacientes, sempre conversando, perguntando sobre a rotina, dieta, hábitos e costumes que interfiram na boca. 

Vivemos momentos muito prazerosos de contato com as pessoas, aprendemos como lidar com pacientes especiais dando a atenção que eles precisam, entendendo suas limitações e sempre tratar o paciente como um todo. Não olhar apenas a boca, mas sim todo um contexto social que circunda o indivíduo, por isso realizamos os questionários SB Brasil 2010 (Pesquisa Nacional de Saúde Bucal) para documentar as condições de moradia, renda e situação bucal do paciente visitado, fazendo um banco de dados dos moradores da área que serve de base para se conhecer a população.

Att, Bruno Souza Leão, aluno do estágio 1 na USF Jiquiá;

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Saúde Bucal dos Adolescentes


A Professora e Coordenadora do Curso de Odontologia da UFPE, Silvia Regina Jamelli, produziu para o UNA-SUS um livro texto  sobre periodontia intitulado “Saúde Bucal dos Adolescentes” que propõe uma revisão dos principais aspectos a serem observados no diagnóstico e tratamento das doenças periodontais.
Inicialmente, o problema é abordado no escopo do Paradigma  da Promoção da saúde e da abordagem sobre fatores de risco comuns e modificáveis para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis.
No documento, são explicadas detalhadamente, a atenção individual e a abordagem do paciente adolescente referente ao diagnóstico clínico, tratamento e monitoramento dos problemas periodontais,- como a gengivite induzida por placa dental, a periodontite crônica e agressiva e a recessão gengival.
Para os interessados no assunto, a autora disponibilizou a veiculação do seu estudo nesse espaço para download.


Att, Equipe de Edição;

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Orientação em saúde bucal e escovação supervisionada em crianças de uma ONG da comunidade Coqueiral I e II


Em uma das nossas idas a comunidade de Coqueiral, participamos de um projeto da USF Coqueiral I e II que ainda está no início de sua prática, o PSE. Visitamos o CESC (Centro Educacional Social e Cultural) que foi criado pela Associação das Mães de Coqueiral e funciona como uma escola/creche. Esse centro é uma instituição não governamental que recebe benefícios de alguns moradores da comunidade e empresas. No CESC são desenvolvidas diversas atividades para crianças de todas as idades e também para idosos. O estabelecimento também funciona como uma creche, onde as crianças estudam e participam de algumas atividades. As atividades desenvolvidas por esse centro são: aulas de informática, dança, música, entre outras. Já para os idosos, de 15 em 15 dias, pela manhã, acontece o mutirão de avaliação da saúde dos mesmos. Eles dirigem-se ao CESC em jejum. Chegando lá são pesados, aferem a pressão arterial, verificam a taxa de glicemia, e logo em seguida tem-se o café da manhã para eles. E de 15 em 15 dias, no período da tarde, eles têm aula de dança, ressalto que essa é a atividade mais apreciada pelos idosos, segundo alguns voluntários do CESC. No dia 18.06.2015, visitamos o centro para fazer orientação sobre higiene bucal e escovação. Tinha em torno de 30 alunos da educação infantil. 

Lá passamos um vídeo educativo sobre a higiene bucal, ensinando como é feita a escovação, posteriormente os alunos foram divididos em pequenos grupos e cada estagiário ficou responsável pela escovação de todos os membros de um grupo. Fizemos ainda a aplicação de flúor em cada aluno e instruímos os mesmos a não se alimentarem por um período de 30 minutos. Este momento foi realizado junto com a nossa preceptora, Dra Fabiana e a ASB, Renata.



Atenciosamente,
Renato Mariano

sexta-feira, 3 de julho de 2015

13° Congresso Brasileiro de Medicina da Família e Comunidade

Faltam poucos dias para o  13º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade  que acontecerá entre os dias 8 a 12 de julho  no Centro de Convenções em  Natal-RN.


Com o tema “Não há SUS sem APS. Não há APS sem MFC”, o objetivo é discutir sobre a Atenção Primária à Saúde, com suas particularidades, potencialidades e desafios. Em um momento especial de fortalecimento da Medicina de Família e Comunidade, resgatando seus 34 anos de história e conquistas, será realizado um dos maiores encontros entre médicos de família e comunidade, clínicos gerais, generalistas, residentes, estudantes, professores e demais profissionais de saúde da atenção primária brasileira. Este congresso traz uma oportunidade singular de acolher toda esta comunidade brasileira e de outros países, especialmente colegas ibero-americanos, como um aquecimento para o mundial da WONCA em 2016, no Rio de Janeiro.

Para inscrição: http://www.cbmfc2015.com.br/

E segue no link a última edição Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade  (edição abril-junho)  com o tema  Quaternary Prevention (P4) – Prevenção Quaternária: http://www.rbmfc.org.br/rbmfc  

Mais da metade dos brasileiros não vão ao dentista anualmente, segundo IBGE.

Apesar do Brasil ser o país que mais tem dentistas no mundo (sendo 260 mil), no dia 2 de junho de 2015, o IBGE divulgou dados da pesquisa feita em 2013 e na mesma mostrou que 55.6% dos brasileiros não vão ao dentista anualmente. A pesquisa revelou que, entre as pessoas com 18 anos ou mais, 11% perderam todos os dentes; entre os brasileiros que estão acima dos 60 anos, o índice é de 41,5%. Entre as pessoas com 18 anos ou mais, 11% perderam todos os dentes; entre os brasileiros que estão acima dos 60 anos, o índice é de 41,5%. o Norte e no Nordeste, os índices são ainda piores: 65,6% e 62,5% da população, respectivamente, não vai ao dentista todo ano. Já no Sul e no Sudeste, os porcentuais são de 48,1% e 51,7%, respectivamente. Os números foram levantados no último trimestre de 2013 e a pergunta se referiu aos 12 meses anteriores à entrevista.

FONTE:http://www.portalsaudenoar.com.br/mais-da-metade-do-pais-nao-vai-ao-dentista-anualmente/


Att, Hadassa Ribeiro - USF Cosme e Damião - Estágio 1;

50° Reunião da ABENO: 12 - 14 de Agosto

A ABENO, Associação Brasileira de Ensino Odontológico, apoiadora da Rede APS realizará nos dias 12 e 14 de agosto, em Salvador/Bahia a 50ª Reunião da ABENO que é um espaço de diálogo entre aqueles que têm como objetivo comum promover ensino odontológico de qualidade e com responsabilidade social. O ambiente possibilita o encontro de docentes, dirigentes de curso, tutores da rede de serviços públicos, estudantes de graduação e de pós-graduação, representantes da categoria e formuladores de políticas públicas.


Nesta edição importantes discussões foram pautadas, tais como: Como alinhar nossos projetos ao Plano Nacional de Educação? Como incorporar definitivamente as TICs no dia-a-dia do ensino odontológico? Que acúmulo temos sobre nossas experiências de integração com os serviços públicos? As DCN de Odontologia irão mudar? O que muda, a partir do novo Documento Orientador, nos processos de avaliação, desde a autorização, credenciamento e recredenciamento? Essas entre tantas outras questões serão debatidas no evento.
Neste ano, o curso de Odontologia da UFPE se fará presente com a participação da coordenadora e de professores dos estágios que irão apresentar trabalhos sobre a integração ensino-serviço em implementação no curso.
A ABENO convida a todos os integrantes da Rede APS a participar do evento. Abaixo a programação e mais informações pelo site http://reuniaoanual.abeno.org.br/50reuniao/

terça-feira, 16 de junho de 2015

USF COSME E DAMIÃO - ESTÁGIO 1 (2014.2)

GrupoDaniela Maria Cruz F. de CarvalhoPaloma da Cruz FerreiraFernanda Cecilia Barros Soares MesquitaRinaldo Ramos de Barros e Victor Figuerêdo Sabino de Lima do Estágio 1 - USF COSME E DAMIÃO (2014.2). A seguir banner do grupo:


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segunda-feira, 15 de junho de 2015

Planos de saúde devem 1 bilhão de reais ao SUS

A revista Radis de nº 151 de abril de 2015 contém uma matéria que aponta para a dívida da saúde suplementar em relação ao SUS.
A lei nº 9.656 de 1998, chamada lei de planos de saúde, determina que o SUS deve ser ressarcido pelos planos privados quando um usuário é atendido através da saúde pública em razão de um procedimento coberto pelo seu contrato particular. É isso que está previsto no artigo 32 dessa lei. Entretanto, estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) mostra que mais de 60 % do valor devido não foi quitado pelas operadoras, o que corresponde a cerca de R$ 1 bilhão, incluindo valores parcelados e os que não foram pagos nem parcelados. Repercutido pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o estudo divulgado no site do IDEC aponta que apenas 37% do valor devido foi pago até dezembro de 2014.
                A advogada do Idec, Joana Cruz, explicou que o ressarcimento é como uma compensação importante para o sistema público brasileiro, porque cobre o prejuízo causado no SUS causado pelo atendimento de casos previstos no plano de que já foram pagos pelos consumidores, como por exemplo os transplantes de córnea, geralmente realizados pelo SUS. “O nosso alerta é porque os planos vendem um serviço e cobram mensalidade. Quando os consumidores não encontram cobertura adequada, eles acabam recorrendo ao SUS”, alertou.
                De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), após a primeira cobrança, que é administrativa, não ter sido atendida, como acontece na maioria dos casos, o débito é inscrito em dívida ativa e começa a cobrança judicial. Porém, essa via de cobrança demora mais e pode prescrever, ficando o SUS no prejuízo e as operadoras impunes.
                Ainda segundo o estudo, das 1510 operadoras cobradas pela ANS, 76% ainda devem valores ao SUS. Conforme noticiou o Portal iG (10/03), segundo o Ministério Público, quase 70% dos atendimentos entre 2008 e 2014 (dados da ANS) no serviço público foram procedimentos de urgência e emergência, superando os 30% de procedimentos de caráter eletivo. Além disso, o calote dos planos de saúde ainda é maior, pois o Tribunal de Contas da União (TCU) tem apontado reiteradamente ANS por não cobrar procedimentos ambulatoriais.

                Apenas 24% do total das operadoras não possuem débitos com o SUS, enquanto que entre as maiores inadimplentes estão a Hapvida Assistência Médica Ltda. e a Central Nacional Unimed. No mais, há falta de transparência por parte da ANS na divulgação dos dados relativos às dívidas do convênios privados, que deveria ter sido feita publicamente como recomenda a Lei de Acesso à Informação (Lei 12527 de 2011), o que dificulta a análise das informações por pesquisadores e cidadãos e prejudica o princípio da transparência que deve reger os órgãos públicos.

Att, Danilo Almeida;