terça-feira, 26 de maio de 2015

I Oficina de qualificação Ensino/Serviço no SUS


A Oficina, que ocorreu na última quinta (21) e sexta-feira (22) na Biblioteca Central da UFPE, é fruto de uma proposta do Pró-saúde III/UFPE.

- Sobre o Pré-saúde: O pró-saúde é um programa do governo federal (MEC+Min. Saúde) que trata de reordenar os currículos da formação acadêmica em saúde. Todas estas reformas curriculares que os cursos têm passado, com vista a preparar profissionais com perfil mais voltado para o SUS tem sido impetradas, fomentadas e fortalecidas pelos diversos pró-saúdes que a UFPE já participou. Este é a terceira versão do mesmo.
O pró-saúde III – UFPE está sendo coordenado, desde março de 2012, pela Profa Elaine de Amorim Carvalho, e uma das propostas do pró-saúde é a de viabilizar oficinas para discutir questões inerentes aos problemas pedagógicos que os cursos enfrentam. Como a relação ensino/serviço tem sido um ponto delicado, a coordenação achou por bem realizar uma oficina sobre. A organização desta iniciou-se em janeiro de 2015, a partir de reuniões, onde foram definidos:
Nome do Evento: I Oficina de qualificação Ensino/Serviço no SUS
Objetivos: qualificar os docentes e profissionais de saúde envolvidos com a formação em serviço, tais como estágios, projetos de extensão, projetos PET entre outros.
Público alvo: docentes dos cursos de saúde da UFPE (39 professores) e trabalhadores dos serviços de saúde dos municípios de Recife (35 vagas), Olinda (22 vagas), Camaragibe (22 vagas) e Jaboatão (4 vagas) e do Estado de Pernambuco (4 vagas).

Turmas mistas de preceptores e docentes. Os cursos, através de suas coordenações, identificarão professores com perfil para fazer o curso.



- Sobre a Oficina:
Quinta-feira manhã, dia 21 de maio:
1.Acolhimento com café da manhã
2. Palestra sobre o sentido de preceptoria, ministrada pela profa. Bernadete Perez.
3.O que é ser preceptor: formação de um painel com um representante dos docentes (profa Ilka Falcão), uma representante dos preceptores (CD Edite Souza), um representante dos estudantes (acadêmico de enfermagem Hugo Moura) e um representante dos usuários, com um moderador (Profa Elaine de Amorim) para estimular o debate.

Quinta-feira tarde:
Trabalho em grupos mistos sobre preceptoria, em que os grupos discutiriam a fim de responder as seguintes questões:
1.  O que se pensa e o que se espera entre a relação preceptor/professor?
2.      Qual o apoio/suporte que se espera da academia e dos municípios para o melhor desempenho de sua função?

Sexta-feira manhã 22 de maio
8 as 11h: Relatos de experiências exitosas de inovação ensino/serviço: Profa Márcia Dantas + Falas dos municípios parceiros (no caso, só esteve presente Recife)
11h as 1130h: Intervalo
11:30h as 14h: Construção do produto e fechamento.

Relata a Coordenadora Elaine Amorim sobre a Oficina do Pró-Saúde: “Avaliamos a Oficina como exitosa porque as discussões e o produto desta discussão foi bem construído. Embora a UFPE, em termos de Recife, só ocupe o DS-IV e o DS-V, vieram preceptores de todos os distritos e deu para sentir que estamos na vanguarda da integração ensino-serviço, em muitos aspectos. Como pontos negativos, lamentamos a ausência significativa de professores da UFPE, que se houvessem ocupado as vagas deveriam ser em número maior que de preceptores. Cursos como farmácia, educação física, ciências biológicas e biologia não houve comparecimento de nenhum professor em nenhum momento, o que demonstra uma fragilidade dentro desta relação. Também, lamentamos o fato de Olinda, apesar de ter direito a 22 vagas, só ter enviado 5 trabalhadores de saúde, ter havido predominância de médicos em relação aos trabalhadores de Recife;  nenhum serviço priorizou enviar ACS, ainda que isto tenha ficado explícito no convite esta possibilidade.
No segundo semestre faremos a mesma oficina novamente para dar oportunidade a que outras pessoas participem”


Matéria feita a partir do relato e fotografias da Profa Elaine de Amorim.

TUTORIAL: Como baixar arquivos do blog do Estágio?









Att, Equipe de Edição;

Jeitinho Cubano

Várias políticas indutoras para formar profissionais para o SUS são realizadas no País, seja no âmbito da graduação ou da pós-graduação Lato sensu e Stricto sensu, com a finalidade de cumprir as determinações legais e das DCN para a Saúde. Na UFPE, os diferentes cursos de saúde procuram desenvolver seus projetos pedagógicos nessa perspectiva, além de apoiar diferentes iniciativas institucionais para fortalecer a integração ensino-serviço no SUS. 

A Residência Multiprofissional em Saúde da família da UFPE promoveu em 15/05/15 um encontro (Redes de saberes) intitulado "Partilha de experiências sobre o Sistema de Saúde Cubano", voltado para residentes, docentes, preceptores e convidados. Registramos a participação na residência de duas ex-alunas do curso de Odontologia da UFPE. E a presença no encontro de dois médicos cubanos que trabalham na unidade de saúde  da família de Casarão do Cordeiro, onde ocorre o desenvolvimento das atividades da residência.

Um aluno da nossa graduação de Odontologia da UFPE, Josevan Souza, participante do Estágio 2, acompanhou as discussões dessa rede de saberes e produziu para o blog um ensaio que registra suas impressões sobre o evento, e cujo conteúdo estamos disponibilizando abaixo:


Numa tarde corriqueira de sexta-feira, três professoras de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Pernambuco decidem relatar suas experiências a respeito de um recente curso que fizeram na Escola de Saúde de Cuba.  O evento aconteceu no auditório do curso de Fonoaudiologia da mesma Universidade, onde estavam os alunos da residência multidisciplinar em Saúde da Família da UFPE, alguns preceptores, outros professores membros da referida Residência, além de um Casal de Médicos Cubanos que atuam na USF de Casarão do Cordeiro do Distrito Sanitário IV da Secretaria de Saúde do Recife.


A aula começa de forma litúrgica, com slides, meia-luz, todos formando um círculo. Entretanto, o relato acaba se tornando uma gostosa conversa informal, na qual foi possível beber do conhecimento dos professores e se embriagar com a sapiência dos Médicos Cubanos.

Cuba apresenta o menor índice de mortalidade infantil do mundo, 4,2 mortos por 1000 nascidos vivos, paradoxalmente a renda per capita da Ilha é relativamente baixa [apesar do seu cálculo não seguir os parâmetros internacionais de medição], se comparada aos países com mortalidade parecidos com o de Cuba. Constata-se, pois, que é equivocada a ideia de pressuposição lógica entre a renda e a mortalidade infantil, máxima há muito defendida nas universidades e canteiros acadêmicos, sobretudo evidenciados em estudos validados.

Chamou também atenção o modo pelo qual os níveis de atenção em saúde são divididos, percebe-se que as Clínicas de especialidades são parte da Atenção Primária da Saúde, assim como, os postos de saúde, os abrigos, as casas de apoio as gestantes de alto-risco. A Médica cubana Sarit atribuiu o baixo nível de mortalidade ao modo no qual o sistema é pensado e praticado. “É impossível ocorrer algo errado na gestação de uma mulher Cubana, fazemos exames clínicos e visitas toda semana. Acompanhamos de perto tudo”, afirma a Médica.

É difícil fazer um distanciamento entre a realidade da saúde no Brasil e a realidade de Cuba, mesmo com diretrizes similares na área, estamos muito aquém da realidade de saúde cubana, apesar de sermos economicamente superiores. Para além, em termos de igualdade social e políticas de desenvolvimento social estamos muito longe de alcançar os indicadores sociais e de saúde cubano.
Ambiguamente nossa saúde é tratada como mercadoria, mesmo com a persistente corrente nas faculdades de saúde que tem a laboriosa missão de “humanizar humanos”, em Cuba a saúde é tratada como um bem da sociedade e um recurso para a vida. Cuidar da saúde em Cuba é algo natural, intrínseco. 

Parafraseando a excêntrica professora Wedna, talvez o Jeitinho cubano de fazer saúde seja tão natural quanto nosso jeitinho brasileiro de ser.  Depois da embriaguez de conhecimento, restou-me essa ressaca reflexiva.


segunda-feira, 25 de maio de 2015

Mais Médicos a serviço do SUS e para além

O blog do Estágio traz uma notícia na qual relata um debate que aconteceu no dia 08 de Abril na sede da Organização Panamericana de Saúde (OPAS/OMS) com alguns profissionais da saúde para avaliar o Programa Mais Médicos. Analise a pequena notícia a seguir:







Att, Equipe de Edição;








O Trabalho do Cirurgião-Dentista na Atenção Primária à Saúde: entre o prescrito e o real

O Artigo “O trabalho do Cirurgião-Dentista na Atenção Primária à Saúde: entre o prescrito e o real” escrito pelos autores Wagner Gomes Reis, Magda Duarte dos Anjos Scherer e Daniela Lemos Carcereri, publicado na Revista Saúde em Debate, relata a mudança pela qual o cirurgião-dentista vem passando. Ainda hoje, o mesmo atua, sobretudo no setor privado, porém esta realidade começa a mudar com a inclusão desse profissional na Estratégia Saúde da Família (ESF). Esse artigo é bastante esclarecedor quanto ao papel, às condições e modo de trabalho do cirurgião-dentista na ESF e sobre as dificuldades e avanços obtidos durante a inclusão deste profissional. Para ler o artigo na íntegra é só clicar no seguinte link: http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v39n104/0103-1104-sdeb-39-104-00056.pdf


Att, Equipe de Edição;

terça-feira, 19 de maio de 2015

Depoimento da aluna Karol Cruz do Estágio 1 (USF JIQUIÁ)

"Sempre ouvi que Odontologia é uma profissão que não trabalha só com boca, mas com todo o organismo. Mas hoje descobri que ser dentista é muito mais que estar no consultório, mesmo que cuidando do corpo todo. É ir até quem mais precisa, é oferecer sorrisos (e ganhar também), é entrar dentro da casa do outro e ganhar um abraço, um café e uma boa conversa, conhecendo novas realidades, completamente diferentes da sua. É brincar e ensinar e aprender... Ah! Aprender, porque hoje eu aprendi muito mais do que em muitos outros dias da minha vida. Descobri que sou a saúde, e que, por mais estranho que o lugar possa ser, eu me senti feliz por estar ali."


Att, Karol Cruz;

sexta-feira, 8 de maio de 2015

O SUS em risco

  Na revista carta maior a professora Ligia Bahia discute  mudanças que estão sendo aprovadas no Congresso Nacional e que certamente, segundo a autora, tendem a descaracterizar os princípios do SUS. Segundo a autora neste ano de 2015 a primeira alteração refere-se a “constitucionalização do subfinanciamento", com a aprovação da EC chamada de orçamento impositivo. A outra é a participação do capital estrangeiro na assistência a saúde, essas medidas representam um retrocesso na consolidação do SUS no país.

            
            O capital estrangeiro terá participação direta, indireta e até o controle na assistência saúde, outro “golpe” da câmara federal foi a aprovação da PEC 358 que reduz de 14% para 13,2% o orçamento federal para saúde em 2016. Apenas umas pequenas minorias dos parlamentares e de partidos de esquerda votaram contra tal medida que abala  a manutenção dos princípios do SUS constitucional.
             O presidente da casa deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que recebeu doações de campanha de planos privados, apresentou a emenda constitucional 451, obrigando todos os empregadores de trabalhadores rurais e urbanos, a fornecerem planos privados, ampliando o extenso mercado de plano de saúde. Entretanto a proposta não deve prosperar, já que o deputado esta empenhado na aprovação da lei da terceirização, que certamente é contraria com a perspectiva de transferência para empresas empregadores das responsabilidades de atenção a saúde.
            Portanto a solução para a insatisfação com a saúde pela a população não é a privatização. O SUS deve ser apresentado como a carta de visita da saúde publica brasileira fortalecendo seus princípios e suas lutas.

Aluno: Joel Gomes Pessoa Júnior.


terça-feira, 5 de maio de 2015

Avaliação do Estágio Curricular Supervisionado II - semestre 2014.2

Ao término dos semestres letivos dos Estágios I e II são realizados seminários avaliativos com a participação dos membros da equipe de saúde bucal, professores supervisores e os estagiários.

O acompanhamento da satisfação com as atividades de estágio vem sendo feita por meio da aplicação de um questionário avaliativo. Neste momento estamos apresentando os resultados da avaliação do Estágio II – semestre 2014.2 aplicada para o universo de 71 participantes, quando houve alteração na metodologia empregada para o desenvolvimento do roteiro operacional. A principal mudança referiu-se a introdução de momentos de concentração realizados no curso com o professor supervisor para aprofundar, refletir e analisar cada etapa proposta para a elaboração do plano de intervenção. Essa mudança foi bem aceita pelos alunos, pois os ajudou a esclarecer as atividades do roteiro, foi de grande valor para amadurecer as idéias, foi bastante produtiva e ajudou no andamento do estágio. Portanto, de acordo com a avaliação foi verificado que a maioria dos sujeitos participantes está satisfeito com o trabalho proposto pelos Estágios. Abaixo está apresentada a análise descritiva dos questionários aplicados aos alunos, preceptores e equipe técnica (ASB, TSB e ACS):




Organização dos dados: Emille Raíza
Supervisão: Márcia Dantas

Att, Equipe de Edição;