quinta-feira, 11 de junho de 2015

Querem matar o SUS-2: EMBRASUS neles!

Em matéria escrita para o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES - Querem matar o SUS-2: EMBRASUS neles!), Paulo Capel Narvai, professor titular de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), relata os novos desafios de gestão do SUS. 
A grande luta dos defensores do SUS, desde a sua criação, é viabilizar o direito universal à saúde, apesar do forte capitalismo brasileiro. Mas a falta de incentivo, por parte do governo, está cada vez mais notória. Na 15ª Conferência Nacional de Saúde, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em maio de 2015, que é constitucional que recursos públicos sejam transferidos para organizações sociais. Será mesmo a melhor solução para os problemas do SUS passar sua gestão para as Organizações Sociais?

Historicamente, essas OS, identificadas como organizações filantrópicas, obtinham fundos em sorteios, festas, bingos, doações. Ganharam terrenos e equipamentos. Mantém atualmente vínculos com o SUS e prestam serviços públicos relevantes nas comunidades em que atuam. Além da origem obscura e da falta de história social, pouco se sabe também sobre a gestão de tais organizações, que, apesar de receberem dinheiro público, não têm transparência, nem passam pelo controle efetivo dos conselhos de saúde. 

O SUS sobrevive às duras penas, subfinanciado, perdendo recursos a cada ano e, portanto, dispondo de serviços que comprometem a boa qualidade que se espera dos cuidados prestados pelo sistema.” Como soluções, o autor cita o investimento e aprimoramento da administração direta, além da criação de uma empresa estatal (denominada EMBRASUS), baseada nas próprias Organizações Sociais, nos Correios, Banco do Brasil, que teria como missão “apoiar o desenvolvimento da gestão do SUS em todo o Brasil”. Seria uma empresa do SUS e para o SUS e que teria de conviver, harmônica e sistemicamente, com as instituições da administração direta federal, estadual e municipal.




Att, Equipe de Edição;
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