terça-feira, 9 de junho de 2015

UTILIZAÇÃO DE SERVIÇOS ODONTOLÓGICOS: SUS x Setor Privado


De acordo com os dados de 2013, apresentados pelo IBGE em 02/06/15, referentes aos resultados do volume da Pesquisa Nacional de Saúde – PNS – Acesso e Utilização dos serviços de Saúde, acidentes e violências, de um universo de 156,1 milhões de brasileiros que procuram serviço médico ou se saúde, aproximadamente 70% busca atendimento em rede pública (47,9% destes buscam as unidades básicas de saúde e Consultório particular ou clínica privada foi indicado por 20,6% das pessoas). 
Sobre o acesso, a pesquisa mostra objetivamente que 95% da população que procura o serviço público de saúde encontram atendimento em sua primeira tentativa, então está sendo garantido acesso. Estimou-se que mais da metade dos entrevistados mora em domicílios cadastrados no Programa Saúde da Família, somando 56,2%. Um terço da população (33,2%) obteve medicamentos no serviço público, sendo 21,9% via Programa Farmácia Popular.


Sobre a  saúde bucal, a pesquisa revelou que  o atendimento odontológico na rede privada foi procurado por em torno de 74,3% dos indivíduos pesquisados.  Apesar da enorme ampliação da rede de serviços públicos em saúde bucal ocorrida após 2004, segundo informações atualizadas pelo Ministério da Saúde e, 2015 (Ver tabela abaixo). Sobre isto, o Ministro da Saúde de Chioro comentou em entrevista à Fiocruz (http://www.agencia.fiocruz.br/acesso-servi%C3%A7os-de-sa%C3%BAde-%C3%A9-foco-de-pesquisa-nacional-de-sa%C3%BA): “Esse dado não nos assusta, pois a expansão da oferta de saúde bucal é muito recente no Brasil, a assistência odontológica é, para o Ministério, um dos pontos estratégicos.”
Ampliação da rede de serviços públicos
do sub-setor da Saúde Bucal no SUS. Período de 2002-2015.

Ministério da Saúde, 2015



Outros dados revelaram que menos da metade dos brasileiros procuraram atendimento odontológico no ano anterior ao estudo realizado. Tal procura é liderada pela região sul, enquanto no norte do País foi registrada a menor procura. Quanto maior o nível de instrução, mais elevada a proporção de consulta a dentista, variando de 36,6% (sem instrução ou com fundamental incompleto) a 67,4% (superior completo) Sobre o uso de planos privados de saúde, o contingente da população que tem plano de saúde ou odontológico é de 27,9%, sendo a maioria no Sudeste e no Sul. Em 2012, a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, que usou informações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), revelou que o porcentual era ligeiramente inferior: 24,7%.

Esses achados da PNS  demonstram que a oferta de serviços públicos odontológicos ainda é muito inferior diante da demanda. Fato que  necessita ser enfrentado com maiores investimentos em políticas públicas e programas em todas as esferas de governo para a ampliação dos serviços públicos de  saúde/saúde bucal. Enfatiza-se a necessidade de continuidade das ações em desenvolvimento da Política de Saúde bucal na perspectiva da ampliação qualificação dos serviços odontológicos e contratação de mais profissionais para atuarem na rede SUS, cabendo ainda a necessidade de reforço das ações de promoção da saúde, com foco nas  educacionais e de conscientização, já que muitos brasileiro, ainda hoje,  não têm o hábito de usar escova, pasta e fio dental, como informou a PNS-IBGE, 2015.

Para aqueles que desejarem maiores informações sobre essa pesquisa o blog está disponibilizando para Download o documento da PNS-IBGE-2015. É só clicar na imagem abaixo:




Matéria elaborada com a colaboração do discente Danilo Almeida
e Equipe de edição

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