De acordo com os dados de 2013, apresentados
pelo IBGE em 02/06/15, referentes aos resultados do volume da Pesquisa Nacional
de Saúde – PNS – Acesso e Utilização dos serviços de Saúde, acidentes e
violências, de um universo de 156,1 milhões de brasileiros que procuram serviço
médico ou se saúde, aproximadamente 70% busca atendimento em rede pública
(47,9% destes buscam as unidades básicas de saúde e Consultório particular ou
clínica privada foi indicado por 20,6% das pessoas).
Sobre o acesso,
a pesquisa mostra objetivamente que 95% da
população que procura o serviço público de saúde encontram atendimento em sua
primeira tentativa, então está sendo garantido acesso. Estimou-se que mais da metade
dos entrevistados mora em domicílios cadastrados no Programa Saúde da Família,
somando 56,2%. Um terço da população (33,2%) obteve medicamentos no serviço
público, sendo 21,9% via Programa Farmácia Popular.
Sobre a
saúde bucal, a pesquisa revelou que o atendimento odontológico na rede privada foi
procurado por em torno de 74,3% dos indivíduos pesquisados. Apesar da enorme ampliação da rede de serviços
públicos em saúde bucal ocorrida após 2004, segundo informações atualizadas pelo Ministério da Saúde e, 2015 (Ver
tabela abaixo). Sobre isto, o Ministro da Saúde de Chioro
comentou em entrevista à Fiocruz (http://www.agencia.fiocruz.br/acesso-servi%C3%A7os-de-sa%C3%BAde-%C3%A9-foco-de-pesquisa-nacional-de-sa%C3%BA): “Esse dado não nos assusta, pois a expansão
da oferta de saúde bucal é muito recente no Brasil, a assistência odontológica
é, para o Ministério, um dos pontos estratégicos.”
Ampliação da rede de serviços
públicos
do sub-setor da Saúde Bucal
no SUS. Período de 2002-2015.
Ministério
da Saúde, 2015
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Outros
dados revelaram que menos da metade dos
brasileiros procuraram atendimento odontológico no ano anterior ao estudo
realizado. Tal procura é liderada pela região sul, enquanto no norte do
País foi registrada a menor procura. Quanto maior o nível de instrução, mais
elevada a proporção de consulta a dentista, variando de 36,6% (sem instrução ou
com fundamental incompleto) a 67,4% (superior completo) Sobre o uso de planos privados de saúde, o contingente
da população que tem plano de saúde ou odontológico é de 27,9%, sendo a maioria
no Sudeste e no Sul. Em 2012, a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, que
usou informações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), revelou que o
porcentual era ligeiramente inferior: 24,7%.
Esses achados da PNS demonstram que a oferta de serviços públicos odontológicos ainda é muito inferior diante da demanda. Fato que necessita ser enfrentado com maiores investimentos em políticas públicas e programas em todas as esferas de governo para a ampliação dos serviços públicos de saúde/saúde bucal. Enfatiza-se a necessidade de continuidade das ações em desenvolvimento da Política de Saúde bucal na perspectiva da ampliação qualificação dos serviços odontológicos e contratação de mais profissionais para atuarem na rede SUS, cabendo ainda a necessidade de reforço das ações de promoção da saúde, com foco nas educacionais e de conscientização, já que muitos brasileiro, ainda hoje, não têm o hábito de usar escova, pasta e fio dental, como informou a PNS-IBGE, 2015.
Para aqueles que desejarem maiores
informações sobre essa pesquisa o blog está disponibilizando para Download o
documento da PNS-IBGE-2015. É só clicar na imagem abaixo:
Matéria elaborada com a colaboração do
discente Danilo Almeida
e Equipe de edição